Alberto Lonato da Silva
08/11/1909 à 18/11/1998
Lonato
Nascido no Rio de Janeiro foi criado em Quintino Bocaiúva, mais precisamente na rua do Quintão nº363, subúrbio do Rio.
Nesta casa que era de Madalena Rica, mais conhecida como Madalena Xangô de Ouro aconteciam reuniões onde compareciam diversos sambistas como Paulo da Portela, Heitor do Prazeres,Brancura e Claudionor entre outros.
Mais tarde nesta mesma casa aconteceram as primeiras reuniões para a fundação da Portela.
Quando cresceu Lonato mudou-se para o Sapê (Rocha Miranda) e passou as freqüentar as festas do seu Napoleão (pai do Natal da Portela).
Lonato tinha o samba como segundo plano já que exerceu as profissões de maleiro, maçaroqueiro e lustrador de móveis. Como lustrador chegou a lustrar algumas peças produzidas por Paulinho da viola, criando assim um vínculo de amizade.
Alberto Lonato sempre bem vestido e trajando terno e chapéu, ficou conhecido por ser galanteador, mas muito respeitador, coisa que tinha aprendido com seu pai.
Já tocando pandeiro, Lonato ficou conhecido pelos mais íntimos como Alberto da caceta, por sua forma de tocar o instrumento.
Em 1941 entrou para a ala de compositores da Portela, e em 1970 gravou sua composição de maior sucesso que foi Sofrimento de quem ama.
Em 1971 compôs Não pode ser verdade.
Em 1980 Clara Nunes gravou o samba Peixe com coco (c/Josias e Maceió do cavaco).
Em 1986 passou a fazer parte da velha guarda e junto com Argemiro fizeram muito sucesso como pandeiristas. Neste mesmo ano participou da gravação do Lp Doce recordação atuando como pandeirista e interpretando a composição Esqueça.
Em 1989 Paulinho da viola gravou o samba Com lealdade.
Em 1992 sofreu um derrame e ficou com dificuldades para se locomover.
Faleceu em 1998, era um domingo e a Portela se preparava para ensaiar pois o Carnaval chegaria em poucas semanas.
Neste dia a bandeira da Portela vinha com uma faixa preta no canto, demonstrando o luto.
O ensaio corria normalmente até a hora que chegaram a praça Paulo da Portela, a escola parou, a evolução foi interrompida, passistas pararam de sambar e o samba parou de ser ouvido durante um minuto.
Esta foi a última homenagem à Lonato.
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